Essa sensação, de vez em quando, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET ou uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada, em tempo de amor marginalizado. Dá medo.
Dá medo de sentir um amor tão puro e vívido numa terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói se sentir ferido. Esse medo que faz descompassar o coração quando todos parecem te olhar assustado por que você simplesmente não tem o pudor de esconder o quanto você é feliz com o sorriso sincero de um desconhecido, isso tudo assusta. Muito.
Ainda mais quando você parece ser o único a sentir-se assim. Para a maioria das pessoas ser diferente não é bom, dá medo.
Mas não se esqueça, se é a semelhança quem aproxima, é a diferença quem uni.
Música de hoje: Il Regalo Più Grande - Tiziano Ferro
Fraterno abraço a todos
Mumiah
Mumiah
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