sexta-feira, 18 de março de 2011

' Qual o teu caminho na minha estrada?'


- Aqui estou, em uma rua vazia e distante de todos. Meus passos são vagos e impacientes. Eu procuro em cada rosto que passa encontrar o seu. Hoje eu vi alguém que parecia muito com você, ele andava com passos largos, como se estivesse fugindo de mim. Eu o segui, corri ... precisava ver aquele rosto, precisava ver se era ele, se era o rosto pelo qual eu procuro todo dia. Corri, e o perdi de vista. Foi assim que vim parar nessa rua silenciosa! Tentando encontrar o caminho certo. Mas acredito que nem exista caminho certo. Eu estou perdida, sem rumo.
Preciso virar essa página da minha vida, tenho que partir pra próxima página, porém o vento sempre sopra o meu livro, e essa página volta a tona na minha vida. E mesmo que eu tente ler um novo livro, é a outra história que está marcada em mim. Gravada em meu coração, cravada em minha pele.
Ainda estou nessa rua quieta, agora eu observo a lua e me recordo de quando ficávamos abraçados olhando as estrelas e sempre sonhando com o momento. Nunca fazíamos planos, acho que era o nosso diferencial. Vivíamos o momento, cada momento e não é atoa que eu me recordo de cada detalhe. Me recordo dessa lua muito maior e das estrelas que a gente contava. Me recordo de ruas silenciosas, aonde a voz dele me guiava. Me lembro de lugares lotados, onde eu enxergava apenas um rosto, o rosto que procuro hoje. É uma noite fria. O vento soprou meu cabelo, e por um momento eu senti a pele fria dele acariciando meu rosto, fui tomada por um frenêsi, que me deixou descontente por estar caminhando sozinha naquela rua.
Quanto tempo faz que eu te achei e me perdi? Em qual rua estou? Que livro tenho que ler agora? Quanto tempo faz que eu te perdi, em qual rua você entrou? Ainda sinto o teu cheiro, ainda sinto você. Você ainda é meu pensamento matinal, e minha oração noturna. Você está em mim, marcado, tatuado. E cresce, cresce de uma forma que não deveria crescer, só devia ficar estacionado,adormecendo. Anseio pelo dia em que largarei meu livro nessa rua abandonada, e seguirei para a próxima. Anseio pelo dia em que não procurarei mais teu rosto em todos. Talvez eu nunca mais o encontre, mas nunca me esquecerei do teu cheiro, da tua marca em mim. Nunca esquecerei daquela virada de ano, cujo, você foi o meu presente ... essa rua abandonada me deixa com medo, quando olho pra trás, eu vejo só escuridão e não tenho coragem de voltar, porém mais adiante eu vejo luz e movimento. É pra lá que tenho que ir. Ando mentindo para mim e para todos que estão próximos, que estão por perto. E irei mentir, até que minha mentira se torne verdade no meu coração. Estou tentando te enterrar vivo, mas estou curiosa para descobrir o final desse livro. A realidade, é que não sei o que fazer. Vou em direção ao movimento, talvez alguém tenha um livro mais interessante. Talvez eu descubra um novo olhar e um cheiro mais forte do que o teu. Talvez descubra outra coisa que me faça sentir viva, que me faça sorrir como antes, que me faça sorrir com os olhos. Mas ainda me pergunto: ' qual o teu caminho na minha estrada?'.
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* Sempre desabafando muito, né? Obrigada por sempre comentarem meus textos, é um pedacinho do meu coração que eu dou para vocês.
Beeeijos,
Marioh.

Um comentário:

  1. Não importa se vc escolher ir para direita ou para esquerda, nenhuma decisão será a errada, aliás, uma decisão errada sria não tomar uma deisão. Independente das tuas escolhas, estarei contigo.

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