quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um ato de amor estranho ?

Boca seca. Olhos que desejam lágrimas, que insistem em se esconder. Coração que evita bater. Pernas que tremem. Braços flácidos. Pensamentos nostálgicos.
Paro de respirar, numa pequena tentativa de suicídio. Suicídio daquele pensamento que martela meu crânio, descontrolando todo o meu corpo.
Desejo de que seja um pesadelo, mas meus olhos me lembram que estou acordada, ali com o telefone no ouvido. Ouvindo aquela voz que nunca me sai da lembrança, estou ali extasiada e o imaginando com alguém, outro alguém. Sim, isso é ciúme. É a sensação de perda, a sensação cujo sempre evitei.
minha voz abafada, minhas costas adormecem, meu abdômen se contrai. Em pensar que me preparei tanto para esse dia, eu não estava pronta.
A única coisa que me acalmaria naquele momento era o meu motivo de angustia. Era quem naturalmente me apresentava a derrota.
Foi assim que me senti, derrotada. Triste. Enciumada. Nada e ninguém poderiam acabar com aquilo. AAAAAH! Céus! Parece que eu nasci com essa sensação. Ela não me abandona.
Se somos ‘serra e litoral’ porque todo esse ciúme? Se você nunca me pertenceu, porque ciúme do que não é meu?
Mas minha boca seca ainda mais, meus braços flácidos... lembranças...

Marioh

2 comentários:

  1. Adorei muito esse texto.
    Não sei se foi o que pretendias, mas esse texto me parece uma despedida.

    Muito bom.

    ResponderExcluir
  2. Bom, não sei o que seria isso aqui. Talvez uma despedida, talvez eu esteja assumindo o que todos já sabem! Nem eu entendo meus textos. kkk

    ResponderExcluir