quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Elos.

Mais uma vez eu estava ali atravessando aquela ponte que me tirava do meu mundo e me jogava nos seus braços. Eu ansiava por cada minuto,  por dias assim em que largava tudo e qualquer coisa para pertencer ao teu abraço, sentir sua respiração, sentir meu corpo estremecer, a adrenalina me entorpecer. Era por dias assim que eu sonhava uma vida inteira. Sim! Eu sacrificaria parte do meu eu para me tornar inteira com uma parte de você.
Me pego pensando o quanto tudo era perfeito, a cumplicidade e companheirismo que tínhamos. É eu era louca por ele... até quando serei eu não sei. Ainda me sinto atravessando aquela ponte que significava tanto para mim. Ainda quando fecho os olhos, posso senti-lo como uma brisa leve me acariciando, posso me arrepiar ao me lembrar do som da sua voz, do seu toque.
“I don’t close my eyes” sem que antes eu me recorde daquele sorriso, daquele olhar. Olhar no qual eu nunca decifrei nada, olhar que me escondia algo. Posso sentir o coração dele com medo de amar, posso sentir todas as emoções mais fortes dele. E ele nem sequer sabe que eu ainda existo que ele ainda existe em mim, ainda insiste em mim.
E pensar que  tudo, tudo isso poderia ter sido diferente, que eu poderia ter mudado de rumo, ali no pé daquela ponte. Que meu ‘não’ seria a afirmação da minha felicidade futura. Eu seria covarde se o fizesse, não seria eu se não seguisse em frente e atravessasse aquela ponte. Por mais que eu machuque, que magoe e faça falta a melhor coisa que eu  fiz foi unir minha vida a dele, e a ponte continua lá, apenas uma coisa mudou.
O fluído que corria sob ela antes pulsavam alegria e sonhos, hoje transbordam lagrimas e desencantos.

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